O princípio
Tão distante e tão próximo. Fatos históricos com elementos tão facilmente identificáveis nos dias atuais.

Há mais de 300 anos Antes de Cristo, na Macedônia, o rei Filipe II colocava seu filho entre os leões para lhe dar destemor. Também o fez estudar com um dos maiores sábios da época: Aristóteles, este que foi aluno de Platão, que foi aluno de Sócrates - os três juntos são os pilares da filosofia ocidental. O menino aprendeu sobre filosofia, moral, religião, lógica, arte, luta, caça, cavalgada e tantas outras matérias importantes para um jovem macedônio.
Em certo evento, Filipe II ganhou um cavalo considerado selvagem e indomável, atacando quem tentasse se aproximar. Ao ver o pai mandar levar o animal embora, indignado, o menino disse: “Que cavalo excelente que se perde pela falta de doma e pela fraqueza em lidar com ele”.
O menino foi desafiado a fazer melhor que os domadores, e o fez! Ele aproximou-se calmamente do cavalo e tendo percebido que o animal tinha medo da própria sombra, o posicionou frente ao sol de modo que não visse a sombra, tranquilamente tomou as rédeas e montou. Ao vê-lo retornar da cavalgada Filipe II o disse: “Meu filho, busque por um reino do mesmo modo e lute para conquistá-lo, pois a Macedônia é muito pequena para você”.
Historiadores afirmam que a doma do cavalo foi o ponto de virada na vida do jovem príncipe.
O menino cresceu, com muita astucia consolidou as conquistas do pai (a Grécia) e saiu em busca de novos territórios. Ampliou seu império em direção a Ásia até a Índia. E a história o conhece como Alexandre, o Grande, um dos maiores conquistadores da história humana.
E o cavalo, símbolo de força, poder e conquista; o leal e bravo cavalo de Alexandre, Bucéfalo, se tornou o cavalo mais famoso da história.
E toda História, com H maiúsculo, aconteceu porque Alexandre era norteado por esses 5 pilares:
#1 Base
O grande imperador foi educado desde sempre e preparado para ser um grande líder, ele tinha conhecimento, estudo, preparo. Ele era culto, e sobretudo, curioso, interessado. Mesmo sabendo tudo o que sabia, sempre buscou por mais em outras culturas e com especialistas. Ele nunca parou de aprender. Anos antes de Cristo, Alexandre empregava o Lifelong Learning, milênios antes do temo ser criado.
#2 Planejamento
O acaso nunca o protege-o. Seu pai morreu cedo, antes de lhe declarar herdeiro. Sempre um passo a frente, ele se aliou as pessoas certas e foi conclamado rei. Alexandre sempre teve objetivos fixados e ações pensadas para alcança-los. Foi assim com a Pérsia, assim com o Egito, assim com a India.
#3 Organização
Suas forças eram absurdamente estruturadas: cavalaria, infantaria, engenharia militar e o que fosse preciso. Seu senso de organização tornava suas decisões ágeis e certeiras, muito antes dos termos Sprint, Scrum, Big Data serem criado.
#4 Recursos
Sejam eles humanos ou tecnológicos, ele valorizava e sabia como usa-los. O exercito macedônio, diferente de outros da época, era formado por homens livres, assalariados com essa função. Era um exercito de profissionais treinados, preparados para situações adversas e que tinham um código a seguir. Sem falar nas armaduras, os macedônios investiam no que existia de mais inovador em armamento e proteção para seus soldados.
#5 Controle
Para ter o controle é preciso ter informação, para assim, tomar decisões. Alexandre tinha um serviço de inteligência composta por botânicos, zoólogos, meteorologistas, topógrafos, cartógrafos e historiadores que lhe muniam das mais diversas e importantes informações técnicas de que precisava para elaborar seu planejamento de guerra. E todos os detalhes desse plano eram avaliados para definição de prós e contras, para possíveis cenários e controle de resultados. Assim, caso no meio da batalha, se necessário, ele mudasse a formação ou a tática de ataque para imediatamente alcançar a vitória.
Tão distante e tão próximo. Fatos históricos com elementos tão facilmente identificáveis nos dias atuais. É por isso que as conquistas de Alexandre e Bucéfalo são constantemente lembradas pelos detalhes dessa jornada tão incrível e inspiradora, seja observando pela ótica empreendedora, pela ótica de guerra ou pela ótica de gestão. Bucéfalo e Alexandre foram grandes.